segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Deixando o cântaro

Em 2009 o relatório anual das Nações Unidas fez terríveis projeções para o futuro da humanidade. A ONU prevê que em 2050 mais de 45% da população mundial não poderá contar com a porção mínima individual de água para necessidades básicas. Segundo dados estatísticos existem hoje 1,1 bilhão de pessoas praticamente sem acesso à água doce. Estas mesmas estatísticas projetam o caos em pouco mais de 40 anos, quando a população atingir a cifra de 10 bilhões de indivíduos. Os dados utilizados pela mídia mundial para quantidade de água no planeta são: De toda a água disponível na terra 97,6% está concentrada nos oceanos. A água fresca corresponde aos 2,4% restantes. Você acha 2,4% pouco? Então ouça isso: destes 2,4% somente 0,31% não estão concentrados nos pólos na forma de gelo. Resumindo: de toda a água na superfície da terra menos de 0,02% está disponível em rios e lagos na forma de água fresca pronta para consumo. Se um copo d’água de 300 ml representasse toda água do planeta, o correspondente à água doce seria aproximadamente uma colher de chá.
Água é vida. A vida está acabando.

A história que se segue aconteceu à quase 2000 anos atrás, em uma cidade na região de Samaria chamada Sicar, no Oriente Médio. Havia nesta cidade uma mulher marcada pela dor, com a vida em frangalhos. Já tinha passado por vários relacionamentos amorosos, não encontrando em nenhum deles o verdadeiro amor. Nesta época uma mulher que vivia com um homem sem casar-se com ele era posta às margens da sociedade, era apontada nas ruas, de forma que esta mulher não poderia freqüentar os mesmos ambientes que todas as outras. Diariamente ela saia de sua casa e andava até o poço fora da cidade para buscar água. A fim de evitar transtornos, ela não realizava suas tarefas no início do dia como todas as outras, mas buscava água para começar seus afazeres por volta de meio dia, quando não tinha mais ninguém perto do poço.
Certa vez, saindo da cidade em direção ao poço, a mulher percebe que há alguém sentado à beira do poço. – Ai! Só me faltava essa agora. Vou ter que ouvir piadinha. – Ela pensou até em voltar, mas precisava lavar roupa, fazer comida, lavar a casa, separar água para beber; precisava da água. Com os olhos para baixos, por vezes olhava para frente, para seu destino, o poço. Aproximando-se ainda mais, teve um susto, hesitou continuar – Não posso mais voltar, estou muito perto – pensou. Era bem pior do que ela esperava, estava claro que o homem que estava sentado à beira do poço era um judeu. Pra você entender, os judeus eram para os samaritanos assim como os corintianos para os cruzeirenses, ou vascaínos para flamenguistas. A mulher chegou bem devagar, em silencio, e o mais rápido possível, começou a tirar água do poço e encher o seu cântaro. Então o inesperado aconteceu. – Ei, moça! – falou o homem. A mulher olhou em volta. – Quem? Eu? – O homem sorriu. Quem mais poderia ser? – Me de água para que eu beba. – Agora estava ainda mais espantada. – Senhor, não é por nada não, mas tu és judeu, e eu samaritana, por que o senhor esta falando comigo? – disse ela. – Se você soubesse com quem esta falando, na verdade estaria agora pedindo água, e eu te daria água viva. – Ele disse isso com muita simplicidade, mas esse ensinamento é na verdade o segredo para uma vida plena e feliz, o segredo que aquela mulher conheceu. Ela diariamente buscava água naquele poço, assim como diariamente buscava a vida. A cada dia ela procurava cumprir seus afazeres sem incomodar ninguém e sem ser incomodada. Abrindo mão até se sua felicidade para isso. Mas naquele dia, ela encontrou alguém que não se importou com seu passado. Não se importou com sua origem, sua cor, suas convicções políticas e ideológicas, mas sim com a sede que ela sentia. Este homem estaria para mudar sua vida. Ela só precisava de uma coisa. Aceitar o pedido. Ele disse “Me de sua água”, ou seja, me dê sua vida, me de o seu sustento, me entregue o que você tem de mais precioso, e em troca eu vou te dar a minha vida, a vida abundante e a vida eterna.
Este homem É Jesus. O mesmo convite que foi feito a ela é feito a você. Há apenas duas opções. Abraçar o cântaro. Agarrar as coisas dessa vida que nunca nos satisfazem por completo. Sabendo que um dia essa água, essa vida, vai acabar. Ou deixar o cântaro com Jesus Cristo. Permitindo que não só você, mais todos os seus encontrem um amor que nunca erra, um amigo que nunca falha, uma vida que nunca acaba, uma água que nunca falta. A opção da mulher foi deixar o cântaro. Sua família e toda a sua cidade encontraram Jesus, e ela passou de rejeitada a respeitada, e de desacreditada a aquela que anunciou a verdade. E você? Qual escolha você faz? Jesus se alegrará ao velo deixando o cântaro.


“Deixou, pois, a mulher, o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?(..) E muitos samaritanos daquela cidade creram nEle(...)”
João 4: 28, 29 e 39a.



BIBLIOGRAFIA


HITCHCOCK, Roswell D.; Bíblia de estudo. Temas e concordância. Rio de Janeiro. 2005.
João 4: 1 ao 42; João 10: 10

http://pt.wiktionary.org/wiki/c%C3%A2ntaro. Acesso em 08 de junho de 2009 às 11:12 horas.

http://www.geologo.com.br/aguahisteria.asp. Acesso em 06 de junho de 2009 às 14:35 horas.

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