A história de Moisés é bastante conhecida. Mesmo aqueles que
não possuem o hábito de ler a bíblia conhecem um pouco sobre sua trajetória. Este
homem, inspirado por Deus, escreveu cinco livros que viriam a influenciar três
grandes religiões da atualidade: a Cristã, a Judaica e a Islã. Porém,
o conhecimento das pessoas sobre a vida de Moisés passa principalmente pelo seu
nascimento e infância conturbadas, sendo deixado às margens do rio Nilo em um
cesto betumado, e por como liderou o povo de Israel pelo deserto até a terra
de Canaã. No entanto, a história deste homem é marcada por um evento que mudou
totalmente a perspectiva que tinha de se si mesmo, de Deus e da realidade a sua
volta, e o transformou no libertador do povo hebreu.
Moisés fora criado entre o povo egípcio e, como filho adotivo
da princesa egípcia, desfrutava de uma vida de fartura e regalias. Sua educação
foi a melhor do país, assim como sua alimentação e todo o resto. Moisés tinha
tudo; ou quase tudo.
Certa vez Moisés resolveu conhecer o povo de onde viera, pois
não lhe foi negado conhecer a verdade sobre seu nascimento, e em seu coração
sabia que era um estrangeiro; alguém deslocado de seu lugar. Em meio aos
Hebreus presenciou um egípcio maltratando um dos seus e, sem se conter, o
atacou, matou e escondeu o corpo na areia. Seu homicídio foi descoberto pelo Faraó
e isso fez com que fugisse para uma terra distante, e ali, ironicamente,
estabeleceu família e passou a trabalhar para seu sogro, Jetro, permanecendo novamente na casa de um estranho. Mais uma vez, Moisés é um estrangeiro; alguém
deslocado do seu lugar. Agora com uma diferença: precisava trabalhar.
Moisés passou anos da sua vida com o peso de um assassinato
em sua mente. Além da memória do sofrimento que sua verdadeira família sofria
nas mãos dos egípcios, enquanto ele próprio vivia escondido. Remoia dentro de
si todas as dores de sua alma e sentia-se incapaz de qualquer grande
realização. Afinal, era apenas um estrangeiro vivendo sempre do favor de alguma
outra pessoa: primeiro da filha de Faraó e agora de seu sogro.
A realidade de Moisés é esta: sua vara. A vara que o lembra
de quem ele é. A vara que o identifica
como guia de ovelhas, um trabalhador; talvez até mesmo um escravo da
circunstância. Por que estudou tanto? Por que aprendera sobre as línguas,
medidas, religiões e culturas? Porque foi criado no palácio? Por que foi tirado
do rio pela filha de Faraó? Para cuidar de ovelhas longe de casa? Melhor seria
se tivesse morrido no Nilo!
Quando olha para sua
vara Moisés vê a dor, a vergonha, o fracasso...
O que mudou na vida
deste homem? Pois este esta longe de ser o libertador de Israel.
Horebe. No monte Horebe Moisés teve um encontro com Deus!
Pastoreando as ovelhas de seu sogro, Moisés, sobe um monte
onde vê algo impossível. Uma planta em chamas! Isso não é espantoso. O espantoso
é que a planta não se queima. As chamas a sua volta ardem fortemente, mas a
planta permane intacta. Ali, Deus fala com Moisés e o encoraja a voltar para sua
terra a fim de libertar os seus irmãos. Ele diz: “Eu estarei contigo!”. Mas
Moisés não se vê como o libertador de nada. Não pode libertar a si mesmo, como
libertar uma nação inteira? Moisés
está preso a sua vara. Preso a sua realidade.
Deus finalmente lhe diz, “Moisés, o que tens em tuas mãos?”,
e este responde “Uma vara”, e Deus promete, “Leva com você esta vara e, com
ela, você vai realizar milagres!”.
Com esta vara Moisés transformou a água do Nilo em sangue,
abriu o mar vermelho, fez sair água da rocha e tantos outros sinais.
Deus transforma o símbolo da dor, da vergonha e do fracasso, em símbolo
da vitória e do milagre!
O homem que desceu do monte não é mais o mesmo que subiu. O
homem com uma visão pequena de si, de Deus e das circunstâncias, agora é um
homem que sabe quem é, sabe quem é Deus, e sabe que não há circunstância capaz
de impedir a vontade deste Deus em sua vida.
Deus transformou a vida de Moisés e
tem poder para transformar a sua vida também. Basta entregar sua vida a Ele,
como fez Moisés, e desfrutar, assim, de uma vida com propósito e cheia da
alegria que só em Deus podemos alcançar.
Bibliografia:
" Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos que os teus caminhos,e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos." Isaías 55:9
ResponderExcluirQue Deus te abençoe!