Por muito tempo entendi que seria conflitante ter uma vida
financeira abundante e doar minha vida a obra de Deus. Na verdade, o que eu
tinha era medo. Medo de não saber equilibrar a busca pelo crescimento intelectual,
profissional e financeiro, com a busca pelo crescimento espiritual e do Reino
de Deus. Olhava algumas coisas que eu queria, como a possibilidade de comer em
um bom restaurante, de morar em um lugar bonito, com acesso a lazer e outras
facilidades, poder desfrutar de alguns bens como roupas bonitas e de boa
qualidade, com temor de que me dominassem ou de que me faltasse sabedoria para
administrar os tempos, as energias, emoções e pensamentos que seriam
despendidos a obter todas estas coisas em detrimento do que realmente importa;
servir ao Deus Eterno. Alguns diziam “O dinheiro é a raiz de todos os males”. Graças dou a Deus, que me moldou através de
homens e mulheres que conheciam a verdade da sua palavra,
“Porque
o amor ao dinheiro é a raiz de toda
a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram
a si mesmos com muitas dores” (1 Timoteo 6:10).
O dinheiro não é
o mal, e sim o amor a ele.
Comecei a
questionar o que estava em meu coração. E não só naquele tempo, mas em vários
momentos da vida pergunto-me, ainda, a mesma coisa. Qual é o meu propósito
nesta terra? O que ocupa o lugar de honra em meu coração?
É desejo de Deus que nós tenhamos conhecimento de Deus,
especificamente, e das ciências, ou seja, crescimento intelectual, que, por
consequência, reforçam o conhecimento de Deus, uma vez que todos os tesouros da
ciência estão em Cristo (Cl 2: 2 e 3). Quem pode entender mais de Física,
Química e Astronomia, do que o criador dos elementos químicos e suas interações?
Quem pode entender mais sobre Biologia, Medicina e Fisioterapia, do que aquele
que desenhou cada célula? Quem pode saber mais sobre antropologia, psicologia e
psicanalise, do que quem formou a alma do ser humano? Qual é o bem mais precioso?
Dinheiro, carro, propriedades, ouro, petróleo, informação, poder ou a VIDA?
Tudo esta nas mãos de Deus. Aleluia! E Ele pode me dar tudo se quiser. Mas, o meu
coração não pode estar em nenhuma destas coisas. O meu coração precisa estar
voltado para Deus, e unicamente para Ele. Desta forma não há equilíbrio, porque
não há como amar a Deus e negligenciar a família, os amigos e a si mesmo (1 Tm
5:8; Jo 14:21; 1 Jo 4:20; 1 Co 6:19). O próprio equilíbrio, sabedoria, e
organização aos quais me referi no início, chegam como consequência da entrega
total a Deus, bem como o entendimento
para receber de Deus a porção determinada para mim, confiando que Ele irá suprir
as minhas necessidades (Hb 13: 5; 1 Pe 5: 6 e 7; Mt 6: 31 ao 33). E isso é a
verdadeira prosperidade!
Buscarei, então, ao Senhor em tudo que faço, e esperarei
dEle o que separou para mim. Se é entre Reis; que assim seja. Se é entre o povo;
amém! E a cada dia poderei fazer minhas, as palavras do apostolo Paulo:
“Não estou dizendo isso porque esteja necessitado, pois aprendi a adaptar-me
a toda e qualquer circunstância. Sei o que é passar necessidade e sei o que é
ter fartura. Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação,
seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”.
Filipenses 4:11-13
A paz do Senhor Jesus, a todos vocês. E continuem
construindo pontes.
Tiago Almeida